quarta-feira, 15 de agosto de 2012

“A mulher que é extensão do outro: Ainda não tem existência própria.”

Há dias que venho observando as atitudes de algumas mulheres, as que conheço e conversam comigo, as que são protagonistas das histórias das minhas amigas, entre outras. E o que notei em comum em algumas é o fato de que o maior problema que cerca suas vidas é o seu companheiro, namorado, esposo, amigo colorido. Venho notando uma carência afetiva que tem maltratado muitas mulheres, o problema? O fato de que precisam de um outro ser para serem felizes, que não tem se tornado felizes por si só, e que apenas um homem, um salvador é que resolveria tudo. Para as mulheres que possuem maior poder aquisitivo a necessidade é um homem educado, bonito, que fale bem, e trate a família bem. Já as de baixa renda, se contentam com um homem que coloque o pão dentro de casa , não beba, e não a espanque. Ou seja, o casamento, tem se parecido com uma espécie de luta que cega a visão feminina e a distância de coisas importântes como ela mesma. É como se para ser feliz sempre fosse necessário atender a uma outra pessoa e não a si mesmas. Antigamente, éramos educadas para conquistar o homem pelo estômago, e após o casamento, a casa e os filhos deviam estar sempre bem arrumados, depois de um tempo a conquista ficou válida pelo bom sexo, era preciso ser boa de cama e após o casamento atender bem as necessidades sexuais do marido, além de deixar a casa e os filhos arrumados, hoje em dia, a mulher precisa ter vastos conhecimentos, ser bem educada, ser boa de cama, deixar a casa limpa e arrumada assim como os filhos, e ter emprego, será que o destino é sustentar o esposo e viver uma vida padronizada? Eu acredito nos avanços, acredito que a mulher tem tomado os melhores postos, empregos, faculdades, até temos uma “presidenta”, mas ainda assim, milhares de mulheres tem elevado seu nível de conhecimento, fingido animar sua vida sexual e permanecem fazendo isso tudo apenas para manter um homem ao lado. Sendo assim, deve haver algo de errado e a lição de casa, talvez esteja sendo mal entendida, e continuamos a nos oprimir. É bom ter alguém do lado, mas ficar sozinha não significa ser de todo mal, em alguns momentos é necessário, até para nos encontrarmos com nós mesmos. Fora que existem coisas que é melhor fazer sozinha, eu mesma gosto de sair somente com as meninas, ou com um grupo seleto de amigos e meu namorado com os amigos dele, não há mal nisso, não significa que não gostamos dos amigos um do outro ou estamos nos distanciando. O mal está em se desvalorizar, fazer conquistas e realizar sonhos por uma idéia ultrapassada de que o outro deve estar a nossa frente e que devemos fazer de tudo para surpreendê-lo, sendo que as nossas conquistas devem ser nossas.

Sabe aquilo de se eu não me amar primeiro ninguém me ama? Então, é disso que eu to falando.

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